domingo, 18 de março de 2012

Eles vão revolucionar o Facebook

Daniel Faria e Vasco Patrício, TradeDare
Daniel Faria e Vasco Patrício, Tradedare
D.R.
17/03/2012 | 16:32
| Dinheiro Vivo

Tem alguma dificuldade em encontrar uma prenda para a sua mulher? Basta estar declarada essa relação (“casado com…”) na rede social Facebook para que lhe seja sugerido o que ela poderá gostar de receber. Um seu amigo no Facebook foi ao Brasil e gostou, declarando-o na rede. Então também você é um potencial cliente de uma agência de viagens.

Ainda não existe nada tão eficaz que cruze a informação de várias redes, Linkedin e Twitter incluídas. Chama-se TradeDare e vai nascer dentro de um mês. O projeto foi apresentado hoje, segundo e último dia do Ineo Weekend, um fórum de inovação a decorrer no Instituto Pedro Nunes, em Coimbra.

“O TradeDare é um motor que permite encontrar para o melhor vendedor o melhor público. Eu, vendedor, consigo sugerir ao cliente exatamente aquilo que ele precisa. Tratamos toda a informação da pessoa que está nas redes sociais Facebook, Twitter e Linkedin. O perfil funciona para quem vende, garantindo-lhe o escoamento do produto e sabendo que está a fazer sugestões corretas.

Mas o perfil também é útil para quem compra, porque não perde tempo com produtos e serviços que não lhe interessam”, explica Daniel Faria, engenheiro informático de apenas 23 anos. Não quer patentear o algoritmo, mas apenas guardá-lo a sete chaves. “O algoritmo do Google também não está registado”, afirma.

Vão iniciar brevemente os testes numa comunidade de 50 utilizadores do Facebook. “É a primeira entrevista que estou a dar e não darei outra tão cedo. Quero tranquilidade para desenvolver o modelo de negócio e estamos perto de angariar 300 mil euros. Queremos capital inteligente, que traga dinheiro e inteligência”, diz Daniel em declarações ao Dinheiro Vivo. Vamos ser intermediários entre  o vendedor e o comprador. Vamos cobrar comissão de vendas e “on-click”, isto é, a sugestão que se revelou ser correta.
Mas onde foram buscar a ideia? Daniel fez o Erasmus na Polónia e reparou que havia uma enorme dificuldade em encontrar vinho para cozinhar e um colega espanhol queria rum das Canárias e também não encontrava facilmente. “Como é possível os vendedores não terem percebido as necessidades de consumo na Polónia?”, questionou-se.


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